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Essencialismo: quando menos é mais! Como você tem gastado o seu tempo?

Como você tem gastado o seu tempo? Você tem feito o que é essencial na sua vida, ou você passa a maior parte da semana apagando incêndios que não são seus. Você está escolhendo os seus caminhos, ou são as outras pessoas que estão fazendo isso?




Na Esquina do Pensamento de hoje eu gostaria de conversar com vocês sobre dois temas muito próximos e que hora ou outra voltam ao nosso canal: a falta de tempo e a vida simples. Sobre a falta de tempo, o Ricardo já falou um pouquinho sobre isso no vídeo chamado “A síndrome do domingo à tarde” e você pode acessar o link desse vídeo logo abaixo, aqui na descrição do vídeo. Sobre o tema da simplicidade, eu já conversei com vocês naquele vídeo “Vida simples: um caminho para a qualidade de vida”, e o link desse vídeo também está postado aqui na descrição.

Olha, muitas pessoas que viram esses dois vídeos comentaram sobre a dificuldade que existe em se alcançar um equilíbrio cotidiano aonde tempo e qualidade de vida sejam possíveis, principalmente quando pensamos que o mercado de trabalho exige cada vez mais produtividade. E é essa exigência de produtividade que acaba fazendo com que a vida profissional invada a vida privada e cause esse grande sofrimento que podemos ver em vários profissionais no dia a dia.

Mas, eu queria chamar a atenção de vocês para uma reflexão. Existe uma ideia de que produtividade e crescimento na carreira só sejam possíveis em cenários de falta de tempo e de sofrimento. E se essa ideia for uma falácia, um engano, uma mentira. E se fosse possível ser altamente produtivo e ainda buscar tempo e qualidade de vida? Para mim, esse é um dos maiores dilemas da vida.


O “tempo” é um recurso escasso e não renovável e o seu uso tem que fazer sentido. Mas qual seria a saída desse cenário.

Nessa semana que passou eu acabei conhecendo um conceito que achei bem interessante e que pode ser uma boa saída para esse dilema: esse conceito se chama essencialismo. Esse conceito não é novo, mas parece ter encontrado um espaço especial nos dias de hoje. Ele surgiu na Alemanha, quando um projetista chamado Diter Rams começou a retirar da fábrica em que ele trabalhava tudo aquilo que não era essencial. Diter acreditava em uma ideia simples: menos, porém melhor. Ou seja, não se trata de fazer mais coisas, mas de fazer as coisas certas e em menor quantidade.

Um autor britânico, Greg Mckeown, resgatou esse conceito e escreveu um livro bem interessante sobre esse tema. É um livro simples, aonde você vai encontrar conceitos bem mastigados e sem tanta profundidade, mas que trazem boas reflexões em uma leitura rápida. Talvez, pensando em nosso tema de hoje, a melhor reflexão dele seja a de que, na busca por subir na vida profissional, começamos a fazer coisas que não são essenciais para a nossa vida e essas coisas acabam atrapalhando a própria carreira. Ao dizermos “sim” para tudo, acabamos sendo menos produtivos e mais propensos a erros. O conceito de essencialismo se sustenta na ideia de que não podemos fazer tudo e se não tomarmos uma decisão sobre o nosso dia a dia outras pessoas irão decidir por nós.

E porque isso acontece? Por que dizemos “sim” para tudo? Talvez porque hoje, nesse mundo hiperconectado, tenhamos um número maior de influência externa sobre as nossas decisões. A pressão social ficou ainda mais forte devido a nossa capacidade de conexão. Temos sobrecarga de informações, mas também sobrecarga de opiniões. Então, fica a dica:


a verdadeira questão não é como fazer tudo. Ninguém consegue isso. A verdadeira questão é que escolherá o que faremos ou não.

Um grande abraço e até a próxima Esquina!


Autor: Leonardo Humberto Soares

​Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília; Especialista em Educação a Distância, Gestão Empresarial e Desenvolvimento de Software Livre. Graduado em História e com experiência profissional em análise de sistemas. Professor no Ensino Superior há mais de 15 anos; Professor da cadeira de TI da pós-graduação lato sensu em Gestão Empresarial (UniCEUB). Membro participante do Grupo de Pesquisa “Cartografias dos Territórios de Aprendizagem”, financiado pelo CNPQ; Membro fundador do projeto “Esquina do Pensamento” e do "Projeto Colaborar". Assessor Pleno da frente de gestão da União Marista do Brasil. Autor de artigos e publicações sobre educação.


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